O papel do professor
"O futuro tem muitos nomes.
Para os fracos, é o inatingível. Para os temerosos, o desconhecido. Para os
valentes, é a oportunidade.”(Victor
Hugo)
A História não deve ser
considerada apenas do ponto de vista de uma História já existente, mas sim dela
como possível. Temos que acreditar que um outro mundo é realizável e não dá
para trabalha-lo sem a ideia de futuro.
O trabalho do professor
para o futuro desse “mundo” é relevante apesar das dificuldades, mas nada é
absolutamente impossível, já que teremos que trabalhar a formação do caráter,
da personalidade, da consciência e da cidadania do educando utilizando conteúdos históricos.
O educador dentro do mundo
real, além de ser crítico, tem que tomar algumas posições e ter compromisso com
a transformação desse modelo social que fragmenta e aliena a pessoa.
Hoje vivemos num tempo de
metafísica invertida, na qual o objeto é mais importante que o sujeito.
Segundo SHOPENHAWER, em
seu livro: O Mundo Como Vontade e Representação, "(...) Não há objeto sem
sujeito. (...), para na raiz, apresentar um objeto porque este só existe em
relação a um sujeito, como depende deste condicionalmente por este e portanto,
como mero fenômeno, que existe em si, nem incondicionalmente (...)".
Vemos que o ter é uma
consequência do ser e não o inverso, e o papel do professor nessa sociedade de
consumo é ser o mediador, não só relacionado ao consumo de objetos, mas também
na quantidade e na qualidade de informações aos quais os jovens são
bombardeados constantemente. É preciso que o professor trabalhe com as
informações selecionadas e que elas ganhem sentido para serem situadas,
criticadas e construídas na relação com o outro.
Não é fácil mostrar para o aluno como saber selecionar e fazer graus de prioridade do que consome, como em outra obra
de SHOPENHAWER, Crítica da Razão Kantiana, na qual contém uma reflexão do poeta
romano HORÁCIO, e que serve para a vida prática: “Não aprecie nenhum objeto incondicionalmente, não perca a cabeça por nada, não
acredite que a posse de qualquer coisa possa levar à felicidade: todo anseio
indizível por um objeto é apenas uma quimera ilusória da qual podemos
livrar-nos igualmente bem pela posse conseguida, mas com muito maior facilidade
pelo conhecimento esclarecido.”
No mundo de hoje somos
levados a acreditar num mundo dado e acabado, e somos forçados a nos conformar
com tudo, dificultando até em reconhecimento do outro como relacionamento e em
construção da vida em sociedade. Não podemos nos esquecer do que Hegel,
filosofo alemão que afirmava que a História é o modo de ser da razão e da
verdade, o modo de ser dos seres humanos e que portanto somos seres históricos,
ora se somos seres históricos podemos e devemos influir na construção
dessa “Historia” mudando-a para o que pode ser melhor para o bem comum.
Nessa afirmação social,
mostra-nos que precisamos ir a busca do outro como fonte de reconhecimento, já que não há
como aprender e ensinar de forma monológica, ou seja, como fala só do
professor, o homem é dotado de linguagem e o aluno não começa a prender essa
linguagem na escola , ele já traz um certo conhecimento, estabelecido com
relacionamento com seus pais e familiar e grupo social em que vive, ora
Aristóteles já afirmava no livro da Poética, ao homem é dado imitar desde a
infância, começa por imitar as ações dos pais e depois as ações dos grandes
homens.
Postado por Barbara e Margarete.







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