" O QUE É SER PROFESSOR NOS DIAS ATUAIS? "

.

sábado, 6 de abril de 2013

PLANEJAMENTO DE ENSINO E DIDÁTICA

O papel do professor

"O futuro tem muitos nomes. Para os fracos, é o inatingível. Para os temerosos, o desconhecido. Para os valentes, é a oportunidade.”(Victor Hugo)

A História não deve ser considerada apenas do ponto de vista de uma História já existente, mas sim dela como possível. Temos que acreditar que um outro mundo é realizável e não dá para trabalha-lo sem a ideia de futuro.
O trabalho do professor para o futuro desse “mundo” é relevante apesar das dificuldades, mas nada é absolutamente impossível, já que teremos que trabalhar a formação do caráter, da personalidade, da consciência e da cidadania do educando utilizando conteúdos históricos.
O educador dentro do mundo real, além de ser crítico, tem que tomar algumas posições e ter compromisso com a transformação desse modelo social que fragmenta e aliena a pessoa.
Hoje vivemos num tempo de metafísica invertida, na qual o objeto é mais importante que o sujeito.

Segundo SHOPENHAWER, em seu livro: O Mundo Como Vontade e Representação, "(...) Não há objeto sem sujeito. (...), para na raiz, apresentar um objeto porque este só existe em relação a um sujeito, como depende deste condicionalmente por este e portanto, como mero fenômeno, que existe em si, nem incondicionalmente (...)".
Vemos que o ter é uma consequência do ser e não o inverso, e o papel do professor nessa sociedade de consumo é ser o mediador, não só relacionado ao consumo de objetos, mas também na quantidade e na qualidade de informações aos quais os jovens são bombardeados constantemente. É preciso que o professor trabalhe com as informações selecionadas e que elas ganhem sentido para serem situadas, criticadas e construídas na relação com o outro.
Não é fácil mostrar para o aluno como saber selecionar e fazer graus de prioridade do que consome, como em outra obra de SHOPENHAWER, Crítica da Razão Kantiana, na qual contém uma reflexão do poeta romano HORÁCIO, e que serve para a vida prática: “Não aprecie  nenhum objeto incondicionalmente, não perca a cabeça por nada, não acredite que a posse de qualquer coisa possa levar à felicidade: todo anseio indizível por um objeto é apenas uma quimera ilusória da qual podemos livrar-nos igualmente bem pela posse conseguida, mas com muito maior facilidade pelo conhecimento esclarecido.”

No mundo de hoje somos levados a acreditar num mundo dado e acabado, e somos forçados a nos conformar com tudo, dificultando até em reconhecimento do outro como relacionamento e em construção da vida em sociedade. Não podemos nos esquecer do que Hegel, filosofo alemão que afirmava que a História é o modo de ser  da razão e da verdade, o modo de ser dos seres humanos e que portanto somos seres históricos, ora se somos seres históricos  podemos e devemos influir na construção dessa “Historia” mudando-a para o que pode ser melhor para o bem comum.
Nessa afirmação social, mostra-nos que precisamos ir a busca do outro como fonte de reconhecimento, já que não há como aprender e ensinar de forma monológica, ou seja, como fala só do professor, o homem é dotado de linguagem e o aluno não começa a prender essa linguagem na escola , ele já traz um certo conhecimento, estabelecido com relacionamento com seus pais e familiar e grupo social em que vive, ora Aristóteles já afirmava no livro da Poética, ao homem é dado imitar desde a infância, começa por imitar as ações dos pais e depois as ações dos grandes homens.

 
Postado por Barbara e Margarete.

0 comentários:

Postar um comentário